Informativo ACAD Brasil

Atividades aquáticas: psicomotricidade para crianças com deficiência

 



Inspiração e movimento até debaixo d’água! Assim é o dia a dia da professora
Renata Rodrigues, psicomotricista e profissional de Educação Física, especialista em natação para bebê e infantil, com forte trabalho de desenvolvimento psicomotor e atenção a crianças com deficiência. A equipe da Associação conversou com a Renata para a edição 107 da Revista ACAD Brasil. A seguir, um trecho da entrevista.


Como é sua atuação com crianças com deficiência e o que a motiva a fazer esse trabalho? 

Acredito que o mundo precisa de mais equidade, que é direito de todos ter acesso à cultura, ao lazer, ao esporte, à atividade física que contribui não só para a melhoria da funcionalidade e da qualidade de vida daquela criança, mas também nas relações, para que ela se conheça melhor e saiba lidar com desafios. O trabalho com a criança com deficiência, especialmente dentro da natação, além de ajudar na segurança aquática, é fundamental para o desenvolvimento integral desta criança. A água é um ambiente que acolhe, um espaço de possibilidades e a natação, pela via do prazer e do lúdico, traz mais saúde e qualidade de vida, permitindo que esta criança possa estar cada vez mais integrada no mundo.

Você é educadora física e psicomotricista. Como estas duas formações se refletem na sua atuação profissional? 

Enquanto a Educação Física contribui para o movimento e a aprendizagem da parte motora, da aquisição de competências e habilidades físicas na área aquática, a Psicomotricidade vem contribuir com o desenvolvimento integral da criança, levando em consideração as emoções, a cognição e a compreensão do mundo através do corpo e do movimento, e, também, a socialização, as relações interpessoais e as afetividades. Então, são duas carreiras que se complementam dentro do processo do ensino da natação. 

O Brasil é reconhecidamente um país com boas práticas na natação infantil. Quais são os pontos fortes e fracos?

O país se destaca mundialmente na natação infantil, nós somos muito competentes e temos um olhar para a criança, voltado para a educação e a formação de um sujeito através das atividades aquáticas. O trabalho brasileiro é muito formativo, ele ensina a nadar, mas também ensina valores, práticas de segurança, prevenção de afogamento. É uma natação baseada em fundamentação pedagógica, unindo os conhecimentos voltados para os objetivos e conteúdos da modalidade com um trabalho voltado para o desenvolvimento integral dessa criança, respeitando as diferentes fases do crescimento físico, emocional e cognitivo. Mas, há que se ter cuidado com os conteúdos disseminados, especialmente nas redes sociais, com práticas não responsáveis. Muitas vezes, a internet explora pequenos recortes que não refletem todo o processo pedagógico sério e fundamentado necessário para a formação de profissionais nesta área.

Você poderia destacar os principais pontos de sua abordagem sobre aulas de natação para bebês?

A minha abordagem sobre organização e modelos de aula é quanto às práticas pedagógicas e modelos de aulas, sempre apresentando os benefícios de um trabalho com metodologia ativa. Um dos objetivos é compartilhar aprendizados para que possamos nos unir em torno de um ensino de natação que vai além do “mergulhar”, que se preocupa com modelos de aulas diversificadas. É de extrema importância termos um evento do tamanho do EIN em nosso país. A Metodologia Gustavo Borges organizando essas trilhas pedagógicas que vão de natação de bebê, fitness aquático, águas abertas, passando por todas as áreas, ela proporciona aos profissionais se atualizar, trocar experiências em encontros presenciais e aprender com pessoas que são referência no mercado.

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