O que será que leva alguém da geração Z a se tornar instrutor de aulas coletivas? “’Ser pago para malhar” pode ser uma das motivações? As respostas para estas e outras questões foram apontadas na pesquisa “Nurturing the Next Gen” (nutrindo a próxima geração), realizada pela Les Mills, que analisa como jovens percebem as oportunidades de carreira no setor de fitness.
Embora o salário e a progressão na carreira sejam importantes para a geração Z (faixa etária entre 12 e 27 anos), os valores relacionados ao meio ambiente e à inclusão também foram apontados como essenciais. A falta de orientação foi citada pelos entrevistados como a maior barreira à formação. Aqui vale lembrar que o Brasil é um dos poucos países que tem a Educação Física com formação de ensino superior.
O relatório foi elaborado com o objetivo de contribuir com o futuro do setor e desbloquear oportunidades de recrutamento de instrutores de exercícios em grupo. Os “grandes candidatos” — aqueles entrevistados com alto nível de interesse em se tornar instrutores — gostam da ideia de trabalhar em um ambiente de condicionamento físico, mas também têm a percepção de que isso é intimidador, exaustivo e não é bem remunerado.
Os jovens são motivados por: seu amor por treinamento e por estar em um ambiente fitness (55%); transformar seu hobby em uma fonte de renda (45%); querem impactar positivamente a vida de outros (34%), a ideia da renda adicional é atraente (31%).
Quanto ao que os jovens esperam, embora um salário digno tenha sido o fator mais importante (71%), também atribuem muita importância a questões sociais: 54% querem que seu empregador se importe com diversidade, equidade e inclusão; 55% querem que os valores de seu empregador se alinhem com os seus próprios e 54% querem que seu empregador se importe com o meio ambiente.
O relatório faz uma série de recomendações sobre como as academias podem incentivar mais pessoas nessa faixa etária a treinar como instrutores de exercícios em grupo, entre as quais:
- Incentivar a atual equipe de instrutores para buscar talentos em suas aulas e perguntar se eles gostariam de ser treinados para serem treinadores.
- Ter um processo claro e acessível para as equipes seguirem quando alguém demonstra interesse.
- Capacitar a força de trabalho existente para ser mentora.
- Dar o máximo de informações aos clientes sobre o que o treinamento envolve, pois a incerteza está se mostrando uma barreira.
- Amplificar os valores sobre diversidade e meio ambiente.