Reino Unido: Relatório da Youth Sport Trust alerta para a crise de saúde que afetará as crianças
“As crianças precisam se movimentar mais para evitar uma crise de saúde física e mental.” Esta frase pode impressionar é uma das mais fortes constatações do relatório recém-publicado pelo Youth Sport Trust (fundo criado pelo governo britânico que financia e promove a prática de esportes para jovens).
Segundo o estudo, se as tendências continuarem, quase 24% das crianças do Reino Unido serão clinicamente obesas até 2035. Um terço não conseguirá ser ativo nem por 30 minutos por dia. A menos que medidas urgentes sejam tomadas para aumentar a atividade física, esta geração de crianças enfrentará problemas de saúde, menor felicidade e oportunidades de vida reduzidas na próxima década.
Sem medidas urgentes para aumentar os níveis de atividade física das crianças, os custos diretos e indiretos anuais da inatividade deverão disparar na próxima década. Se as tendências atuais continuarem, 48% das crianças do Reino Unido passarão três horas ou mais por dia em frente às telas para se entreterem, um aumento em relação aos 34% previstos para 2025.
A previsão é a de que a obesidade e os distúrbios de saúde mental aumentem significativamente, com mais de 180 mil crianças do Reino Unido classificadas como clinicamente obesas até 2035. O número de diagnósticos anuais de diabetes tipo 2 em crianças irá dobrar, chegando a 500 novos casos por ano. As escolas irão observar uma queda na frequência, no envolvimento e no senso de pertencimento entre os alunos menos ativos.
Ali Oliver MBE, diretor executivo do Youth Sport Trust, disse: “As conclusões deste relatório não nos deixam dúvidas de que as coisas podem e vão piorar para as crianças, mas também para o país, a menos que aceitemos que as crianças precisam se movimentar, brincar e ser ativas todos os dias para um desenvolvimento físico, social, emocional e cognitivo normal. Até 2035, sem ações para aumentar os níveis de atividade física e melhorar o acesso aos inúmeros benefícios associados a uma infância ativa, teremos uma geração com saúde mais precária, menor felicidade, menor desempenho acadêmico e, consequentemente, menores oportunidades de vida do que as gerações anteriores – um legado de negligência física e mental. Os jovens nos dizem constantemente que querem se movimentar mais, então vamos ouvi-los e não limitá-los.”
Clique aqui para baixar o relatório na íntegra.
