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Fitness tem novos públicos e desafios de fidelização: atesta pesquisa da Fecomércio

 

Uma pesquisa recém-lançada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), em parceria com o Sebrae-PE, revelou que o mercado de fitness na região cresceu, se transformou com novos perfis e registrou um aumento nas academias de mulheres e pessoas acima dos 50 anos nas academias. Outro ponto relevante apontado foi o desafio de manter alunos por mais tempo.

 

Na pesquisa, que contou com o apoio do CREF-PE, do Sincad-PE e da ACAD Brasil, também ficou evidente na pesquisa que o mercado pernambucano vive uma fase de renovação: mais diversificado, digital e voltado ao bem-estar integral, o setor tem atraído novos públicos e impulsionado a abertura de academias em diferentes regiões do estado.

 

“O estudo evidencia que o mercado de academias vive um processo de transformação profunda, impulsionado por novos perfis de consumidores e por tendências que unem tecnologia, bem-estar e saúde. O grande desafio dos empresários pernambucanos é acompanhar esse movimento e ajustar seus modelos de negócio a uma realidade mais inovadora e competitiva”, destaca Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio.

 

 

O estudo ouviu mil pessoas – entre usuários e não usuários de academias – e revelou mudanças expressivas no comportamento dos consumidores e nos modelos de gestão das empresas. Um dado marcante mostra que dois terços dos frequentadores começaram a treinar entre 2020 e 2025, refletindo os novos hábitos adquiridos no pós-pandemia e a ampliação das opções acessíveis de academias e programas corporativos de bem-estar.

 

Outro ponto em destaque é a presença cada vez maior de mulheres e pessoas acima dos 50 anos. Entre o público 50+, 15,2% iniciaram as atividades recentemente, enquanto 38,6% já frequentavam academias antes de 2020. Esse grupo busca, sobretudo, manter a mobilidade e prevenir doenças crônicas. Já entre os jovens de 18 a 29 anos, 75% começaram a treinar nos últimos cinco anos, em busca de experiências mais dinâmicas, digitais e interativas.

 

Motivações e fidelização

 

Os principais motivos que levam os pernambucanos às academias são fortalecimento e definição muscular (70,3%), emagrecimento (46,1%) e bem-estar mental (31%). A pesquisa mostra também que 44,9% dos alunos estão há até um ano na mesma academia, um sinal claro dos desafios de fidelização enfrentados pelo setor. A qualidade da estrutura, o acolhimento dos profissionais e a organização do espaço aparecem como fatores decisivos para a permanência dos alunos – à frente até mesmo do preço. Para a maioria (58,1%), a mensalidade ideal varia entre R$ 101 e R$ 200, reforçando que o diferencial competitivo está mais na experiência oferecida do que no valor cobrado.

 

Redes sociais e consumo de suplementos

 

O levantamento também revela uma forte relação entre o treino e o consumo de suplementos: 73,5% dos praticantes utilizam produtos como creatina e whey protein, e um terço gasta mais de R$ 200 por mês com esses itens. As redes sociais têm papel cada vez mais relevante – metade dos usuários busca nelas informações sobre saúde e atividade física, o que reforça a importância da presença digital das academias e profissionais. Entre os não usuários, 50% já frequentaram academias e 25% demonstram interesse em voltar, embora o preço e a localização ainda sejam fatores decisivos.

 

Novos modelos e tecnologia

 

Na visão dos empresários, o setor passa por um período de adaptação e inovação. O público está mais consciente sobre os benefícios da atividade física e busca modalidades como funcional, pilates, yoga, lutas e programas voltados ao público 50+. Apesar disso, o custo das mensalidades – cerca de 10% do salário-mínimo – e a alta carga tributária ainda são obstáculos ao crescimento. A expansão de redes de baixo custo também aumenta a concorrência, levando os pequenos empreendedores a investirem em nichos, atendimento personalizado e serviços integrados de saúde e bem-estar. As tendências tecnológicas surgem como aliadas para o futuro do setor. Ferramentas de inteligência artificial, aplicativos de treino e plataformas digitais interativas são vistas como diferenciais capazes de melhorar a experiência do aluno e fortalecer a fidelização.

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