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Atividade física pode curar corações partidos

Uma pesquisa da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, revelou que corações partidos são reais e que exercícios físicos, como natação e ciclismo indoor, podem ajudar a curá-los. O estudo pioneiro descobriu que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a atividade física podem tratar com sucesso a síndrome de Takotsuba, também conhecida como síndrome do coração partido. Esta é a interação mais forte entre o estado mental e a saúde física já identificada pela Medicina.

 

Pesquisadores da Universidade de Aberdeen concluíram recentemente o primeiro ensaio clínico randomizado do mundo sobre tratamentos para a síndrome, que muitas vezes é confundida com um ataque cardíaco, até mesmo por profissionais da área médica. Os cientistas acreditam que o fenômeno ocorre como uma reação a uma descarga de adrenalina no coração após estresse emocional ou físico extremo, embora alguns casos não tenham um gatilho conhecido. O coração pode não retornar ao normal e os pacientes têm o dobro do risco de morte em comparação com a população em geral.

 

Financiada pela British Heart Foundation (BHF), a universidade estuda a doença desde 2010. A pesquisadora e professora da universidade, Dana Dawson, afirmou: “Esta é a interação mais forte entre o estado mental e a saúde física que conhecemos na medicina.”

 

Os resultados do ensaio clínico envolveram 76 pacientes, dos quais 91% eram mulheres. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber TCC, o programa de exercícios ou o tratamento padrão. Todos continuaram recebendo os cuidados e o tratamento recomendados por seus cardiologistas. O grupo participou de 12 sessões individuais semanais, além de receber apoio diário quando necessário, enquanto o grupo de exercícios completou um programa estruturado que incluía ciclismo indoor, esteira, aeróbica e natação. O número de sessões e a intensidade foram aumentados a cada semana.

 

Pesquisas anteriores mostraram que pacientes com síndrome de Takotsubo apresentam comprometimento significativo na forma como seus corações processam energia, e que isso persiste a longo prazo. No entanto, os exames de imagem mostraram que, após 12 semanas de TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) e exercícios físicos, houve um aumento na quantidade de combustível disponível para o coração, o que não foi observado em pessoas que receberam o tratamento padrão. Na próxima etapa, os pesquisadores testarão se os tratamentos melhoram a saúde dos pacientes e reduzem o risco de morte prematura ao longo de um período mais longo.

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